domingo, 20 de novembro de 2016

Entrelinhas XVIII


Primeiro eles te ignoram, depois riem de você, depois brigam, e então você vence.



Apesar de Você, Amanhã Será Outro Dia 

Olá meus amigos de Brejo da Madre de Deus, primeiramente... parabéns aos eleitos nas eleições 2016, em especial a Hilário que será nosso prefeito a partir de janeiro de 2016 e dr Edson que conseguiu uma grande vitória para seu grupo político, não só fazendo seu sucessor, com uma vantagem de quase 1.400 votos, como elegendo 8 dos 13 vereadores. Uma vitória maiúscula.
Agora um grande desafio espera por Hilário, a começar por formar uma equipe de governo que o ajude a dar continuidade ao trabalho realizado por dr. Edson em um ano que pretende ser de grandes dificuldades e poucos recursos. Após a aprovação da PEC 241, a famosa PEC do limite de gastos, que prevê o congelamento dos investimentos públicos por 20 anos. Tudo isso traz uma dificuldade a mais para Hilário, e nós iremos acompanhar seu desempenho nos próximos anos.

Mas um problema maior ainda surge no principal de oposição da cidade, o grupo jacaré, primeiro porque viram seu principal líder faltar com a verdade ao se proclamar candidato quando sabia que não poderia. Depois ao inventar uma candidata de última hora e esconder dos eleitores a real situação da campanha. Ao dizer que era o candidao e depois retirar a candidatura, Roberto Asfora fez o eleitor perder a credibilidade nele e esse era um ponto de orgulho para o eleitor amarelo, pois como ele mesmo dizia, ele era um homem de palavra, essa fala agora caiu por terra. O segundo grande erro da campanha foi, ao substituir Roberto por Mônica, a campanha deveria mostrar a nova candidata, ao contrário, eles esconderam Mônica, mostrando apenas Roberto. Erro igual ocorreu em 2008 com Alexandre e o resultado foi igual. Quando se tem um candidato, deve-se mostra-lo, suas virtudes, seus projetos e seu pensamento, o seu conhecimento sobre a cidade que irá governar e sua capacidade de articulação, na campanha amarela tudo girava em torno, some-se a isso ao material de campanha fraco, quando os Asfora falavam do período que governaram (2001 a 2008), não expressavam o que realmente ocorreu, o resultado foi mais descredito.
O terceiro erro crucial da campanha foi a ausência de Mônica nos dois debates, o primeiro realizado pelo Condesb e o segundo realizado pelo Sindibrejo. Ela mostrou uma imagem de que não estava preparada e que temia os desafios. Como ela queria ser prefeita de Brejo da Madre de Deus e tinha medo de encarar os agricultores familiares os servidores públicos, a população, os adversários? Foi um sinal de fraqueza.
Alguém pode dizer, mas os jacarés ainda tiveram 11 mil votos. Sim é verdade, numa eleição em que temos dois lados tradicionais, escolhemos um lado, e por mais errado que aquele lado esteja, votamos nele. Veja a eleição dos EUA, Donald Trump se destrói a cada dia na campanha, mas ainda encontra um eleitorado fiel, só pelo fato de não votar em Hilary, é da política, dois lados rivais, seja quem for o candidato, vai ter o voto daquele grupo.
Por falar em grupo, e o que estão pensando aqueles que fazem parte do grupo jacaré? Devem estar pensando, Roberto faz política em Brejo da Madre de Deus desde 1996  nas duas vezes em que não pode ser candidato indicou um primo (Alexandre) e agora a esposa (Mônica), eles devem estar pensando nesse grupo eu estou limitado a ser um eterno coadjuvante, num passarei de no máximo um vereador. Enquanto do lado do grupo de situação, dois vereadores são agora Prefeito e Vice-Prefeito eleitos, o que renova o grupo e também o amplia com novas lideranças como Damião, Junior de Miguelão e Silvano que vem chegando e se juntam a Laelson, Bolão, Maria José, Flávio, Mané Bento, qualquer um pode ser amanhã prefeito também, pois dr. Edson deu a oportunidade para membros do grupo crescerem.do lado jacaré o mesmo não se verifica.

 Mas e verdade é que a força dos Asfora está em declínio, seja por conta dessa terceira derrota seguida, seja pela falta de credibilidade depois dos fatos ocorridos este ano, seja pela falta de confiança dele nos demais membros do grupo ou pela falta de perspectiva do grupo em continuar com um chefe que não os dá oportunidade de crescer.

  
Valdeci Ferreira Junior é professor das Faculdades Mauricio de Nassau, Professor das redes Municipal de Brejo da Madre de Deus e da rede Estadual de Ensino, Acadêmico do Curso de Direito da Unifavip e analista político. 

"Democracia não é só voto"

É o vício homenageando a virtude. Hoje, não há ditador ou governo autoritário que se preze que não jure fidelidade a todos os preceitos da democracia. Difícil encontrar um autocrata que não invoque os valores democráticos para justificar roubos, repressões, matanças, mentiras e propagandas cínicas.

A palavra “democracia” serve para encobertar qualquer desmando em nome de uma suposta legitimidade popular outorgada pelo voto. Como se ninguém tivesse mais coragem de defender regimes ditatoriais, nua e cruamente. Salvo o dito “Estado Islâmico” terrorista, é claro. Obviamente, não viraram todos democratas de carteirinha.
As ameaças contra os valores e liberdades garantidas pela democracia liberal são hoje mais sutis. Antigamente, havia um consenso mínimo sobre o que era ou não uma sociedade democrática. É verdade que os partidos comunistas vinculados à União Soviética ou à China de Mao-Tse-Tung tinham o desplante de defender uma dita “democracia popular” que seria bem mais democrática do que a suposta “democracia burguesa” do mundo ocidental.
Mas pouca gente acreditava nessa lorota, sobretudo os próprios cidadãos que viviam no “socialismo real”. Ditadura era ditadura (de esquerda ou de direita), e democracia era democracia por mais imperfeita que fosse. Agora que as ideologias minguaram, a tática dos autocratas é desvirtuar permanentemente a prática e os valores democráticos, destruindo qualquer consenso.
Putin, mestre da ditadura "mascarada"
O objetivo é vender a ideia de que tudo é relativo, é só uma questão de pontos de vista. O mestre em transformar alhos em bugalhos é o russo Vladimir Putin. Cada vez que é acusado de malfeitorias e crimes, ele acusa os acusadores ou mente descaradamente. A aviação russa comete crimes de guerra bombardeando hospitais e organizações humanitárias em Alepo, o Kremlin responde imediatamente com a mesma acusação contra coalizão pró-ocidental que está tentando retomar Mossul.
Como se usar um tapete de bombas para destruir sistematicamente tudo que possa ajudar a população civil fosse a mesma coisa que matar inocentes por um erro de tiro. Putin montou uma rede de televisões e sites internet espalhados pelo mundo inteiro para vender aos incautos que os soldados russos fantasiados de guerrilheiros que invadiram a Ucrânia não tinham nada que ver com Moscou, ou que o míssil que derrubou um avião de passageiros no céu ucraniano não era russo.
Também tenta convencer que as eleições na Rússia são livres e democráticas. Fácil: basta impedir que a oposição possa ter qualquer meio significativo de expressão ou de organização, enquanto os hackers ligados ao Kremlin buscam interferir nas eleições americanas. Na África, vários autocratas manipulam as Constituições e os processos eleitorais, para dar um verniz de democracia às suas ambições de se perpetuar no poder. Alguns já querem até abandonar o Tribunal Penal Internacional sob o pretexto falacioso de que a justiça internacional é preconceituosa contra os africanos e portanto não existem critérios para julgar líderes políticos.
Presidente filipino lança campanha de assassinatos extrajudiciais
O presidente Duterte nas Filipinas, escudado no voto popular, lançou uma campanha de assassinatos extrajudiciais em massa que de democráticos não têm nada. Mais sofisticado e cínico é o regime venezuelano que conseguiu tomar conta do Executivo e do Judiciário e, em nome da democracia, está cerceando abertamente a expressão democrática dos cidadãos para não ter que entregar a rapadura, nem que isto provoque uma guerra civil.
A verdade é que democracia não é só voto (e ainda menos só voto no Executivo). Sem instituições independentes dos governos, sem liberdade de expressão e associação, sem justiça imparcial, sem burocracias eficientes e neutras, sem leis eleitorais que realmente apoderem os eleitores, só pode haver paródias de democracia. Não é verdade, que “todo es igual, nada es mejor”, como cantava Gardel no tango “Cambalache”. O grande desafio dos próximos anos vai ser restabelecer uma verdade democrática. Se tudo é relativo, só o vale-tudo vale. Seria o começo do fim de qualquer sociedade civilizada.
Alfredo Valladão, professor do Instituto de Estudos Políticos de Paris, faz uma crônica de politica internacional às segundas-feiras para a RFI Brasil

Entrelinhas XVII


Pensamento do dia: “Nenhum vencedor acredita no acaso”.


Quando Vencer é mais que uma Questão de Sorte
 Olá meus amigos de Brejo da Madre de Deus, me responda quem souber, qual o segredo dos vencedores? Benjamim Franklin diria “As três coisas mais difíceis do mundo são: guardar um segredo, perdoar uma ofensa e aproveitar o tempo”. Talvez quem saiba não possa contar, ou não queira. Mas existem sempre dicas e orientações, pistas, que nos ajudam a desvendar estes segredos. Houve um tempo em que as eleições eram baseadas no nome dos candidatos: Miguel Arraes, Getúlio Vargas, Zé Inácio, Paulo Mendonça, etc. Era só estes personagens anunciarem sua candidatura e a eleição estava garantida. Mas as campanhas eleitorais não são mais assim, basta olhar o atual cenário e não vemos grandes nomes. Conversando com alguns especialistas que passam a vida analisando política e disputas eleitorais, e vivem disso, eles garantem que existe sim uma fórmula para a vitória, passando sempre por três pilares: dinheiro, grupo político e planejamento.
Sabemos que o sistema eleitoral brasileiro não é de muita confiança, pois cada eleição tem uma regra diferente, por isso se preparar é fundamental. Todos nós nascemos para vencer, mas para ser um vencedor você precisa planejar a vitória, se preparar para a disputa, e esperar o resultado positivo. A vitória não vem para o despreparado ou para aquele que não a espera, mesmo nos resultados mais adversos e mais surpreendentes, o vencedor tinha certeza que iria vencer. Nunca vi time que ganhou no estádio do adversário não ter um grupo de torcedores para comemorar. Aqueles sabiam que venceriam. Ou seja, não importa qual seja a disputa, nem sua posição inicial nessa. Se prepare para vencer! Imaginem Eduardo Campos com 4% nas pesquisas em março de 2006, se não tivesse se preparado para ganhar não teria obtido a espetacular vitória 7 meses depois.
O primeiro passo para uma vitória é saber se tem os recursos financeiros suficientes para enfrentar a disputa. Nada adianta ter a estrutura, saber o que fazer, conhecer o caminhos se não tem como realizar estas estratégias. Se não tem, como pode conseguir? O que sempre acontece nas eleições municipais com dois grupos é que existem empresas e pessoas que dependem do Governo e não querem perder seu negócio, por isso financiam quem está no poder, aqueles que não estão dentro do sistema e querem entrar, apoiam o candidato da oposição, porém o seu risco é maior, pois não há garantia alguma em caso de derrota. O bom candidato sabe se colocar nessa situação para conseguir os recursos necessários para sua candidatura.
O outro passo, garantido os recursos financeiros, é ter um grupo político. De que adianta ter o dinheiro se não sabe, nem tem com quem gastá-lo? Até para gastar dinheiro deve-se mostrar competência. Já vi muitos candidatos com muito dinheiro perderem a eleição, quer um exemplo? Eleição municipal de Caruaru em 1996, o candidato do Governo, Adolfo José, dono da empresa de transportes Coletivo, tinha os recursos em maior quantidade que seus adversários juntos, no entanto teve apenas 8% dos votos. Outro exemplo as eleições de Brejo da Madre de Deus do mesmo ano, o adversário de Zé Inácio tinha muito mais dinheiro para gastar que seu adversário. O que faltou? Em ambos os casos grupo. As pessoas responsáveis por fazer a campanha não souberam administrar os recursos, gastaram errado. Ter muito dinheiro numa campanha pode ser ruim se você não souber o que fazer com ele ou tiver um grupo displicente. Um grupo forte é importante para disseminar o nome do candidato pelo Município, representa-lo nos lugares em que ele não puder estar, defende-lo diante de alguma acusação injusta ou agressão por parte do adversário. Sem grupo para carregar o andor, o santo não sai do canto. Ulisses Guimarães nas eleições Presidenciais de 1989 tinha o maior partido do país, o PMDB, no entanto teve 4% dos votos, típico de partido nanico, faltou grupo.
Nada vai adiantar se você tiver o dinheiro, tiver o grupo, mas não tiver planejamento, talvez seja esse o principal fator de uma eleição, pois um bom planejamento supera até as dificuldades orçamentárias e a falta de grupo. Eduardo Campos não conseguiu terminar a campanha de 2014, mas claramente víamos que ele tinha muito menos recursos que o Dilma e Aécio, e um grupo muito mais reduzido do que os que apoiavam a candidata do PT e o candidato do PSDB. Ambos são partidos nacionais, que tem governadores em Estados importantes e prefeitos de capitais e cidades de expressão, além de terem outros grupos de apoiadores, partidos políticos, também de grande peso no cenário nacional. O pequeno PSB de Eduardo era um partido de pequena expressão ainda e seu nome pouco conhecido no cenário nacional, porém seu planejamento estratégico era impressionante. Para vencer os poucos recursos, ele iria usar a articulação popular se utilizando da indignação das pessoas contra a política repulsiva que tomava conta do país e que fora percebida por todos nos recentes episódios de impedimento de Dilma. Contra a falta de grupo ele apostava nas dissidências de um grupo ou do outro, pois ambos governaram o país e não tinham atacado os pontos que mais incomodam a sociedade brasileira. Para isso Eduardo contava com um discurso poderoso e um carisma de político nato que aprendera no tempo em que fora auxiliar de seu avô Miguel Arraes.
Não quero dizer que para ser candidato e chegar a vitória você precisa ser um Arraes ou um Eduardo Campos, não é isso, apenas que mesmo você tendo o talento para entrar na política se não tiver as ferramentas para se colocar na disputa, será um eterno candidato, assim como Lula em 1989, 1994 e 1998. Ele teve de parar, pensar e rever todas as suas histórias, planejar a campanha, o que falar, como falar e quando falar. Como se portar e se dirigir as pessoas. O Lula de 2002 não parece nada com o Lula de 1989 e é o maior exemplo que temos de como uma campanha bem pensada diminui as chances de derrota, ou talvez você queira pensar como Stael, que diz: “A conquista é um acaso que talvez dependa mais das falhas dos vencidos do que do gênio do vencedor”, mas quem vai confiar no erro do outro?
 As eleições brasileiras, até pela legislação, estão se tornando cada vez mais profissionais, não é apenas a vontade. Estamos nos aproximando das eleições americanas, onde por traz de um candidato HÁ um batalhão de pessoas que o assiste (advogado, contador, assessor de comunicação, voluntários, mobilizadores, etc), o mandato não pertence a uma pessoa, mas sim a um grupo de pessoas. No Brasil estamos chegando a este nível, esperamos que os eleitores também estejam chegando também, pois lá não existe lei de ficha suja, basta o eleitor saber que o candidato está envolvido em algum indicio de coisa errada para ele nunca mais ser votado. Esperemos que os eleitores brasileiros alcancem este nível de amadurecimento um dia, lá eles votam há mais de 260 anos, aqui temos menos de 30, de experiência, o aprendizado é longo.    


Valdeci Ferreira Junior é professor das Faculdades Mauricio de Nassau, Professor das redes Municipal de Brejo da Madre de Deus e da rede Estadual de Ensino, Acadêmico do Curso de Direito da Unifavip e analista político. 

Entrelinhas XVI

 

Pensamento do dia: “É durante as fases de maior adversidade que surgem as grandes oportunidades de se fazer o bem a si mesmo e aos outros”.

Dalai Lama

Brejo da Madre de Deus, cidade pé quente

 Olá meus amigos de Brejo da Madre de Deus, e o novo Ministério do Presidente em Exercício Michel Temer coloca 4 deputados federais Pernambucanos na Esplanada dos Ministérios. E o mais importante nisso, um que é votado em Brejo da Madre de Deus já há alguns anos e que tem uma relação com nosso município bastante marcante, Bruno Araújo. Isso nos faz lembrar dos outros deputados federais que receberam expressiva votação em nossa cidade, apoiados por um dos grupos políticos e depois se destacaram no cenário Nacional. Afinal, como dizia William Shakespeare, “Aprendi que as oportunidades nunca são perdidas, alguém vai aproveitar as que você perdeu”.
Como não lembro de todas as eleições, vou citar apenas as que eu presenciei, começando pela eleição de 1990, que elegeu para Governador do Estado Joaquim Francisco e Marco Maciel para o Senado da República. Naquela época as eleições não eram gerais, e o Brasil já tinha elegido Fernando Collor de Melo Presidente da República no ano anterior.  Para deputados uma das alas políticas da cidade, liderada por Zé Inácio apoiou Ricardo Fiúza, que era advogado, nascido em Fortaleza – CE, conhecido como grande legislador, teve oito mandatos de deputado federal, e conhecido por seu trabalho no aperfeiçoamento do Código Civil de 2002 do qual foi o seu relator, além de outras normas onde acrescentou importantes contribuições. Fiúza, após eleito deputado federal por Pernambuco, obtendo em Brejo da Madre de Deus 2.586 votos nessa eleição de 1990 que disputou pelo antigo PFL, assumiu o Ministério da Ação Social de janeiro a setembro de 1992 e em seguida assumiu o Ministério da Casa Civil, durante o Governo de Fernando Collor de Melo, que acabou sendo impedido, mas renunciou antes da conclusão do processo, em 29 de dezembro de 1992. Fiúza morreu em 12 de dezembro de 2005, em Recife, vítima de um câncer.
AS eleições de 1994 foram as primeiras eleições gerais nos moldes que temos hoje. Para Presidente fora eleito Fernando Henrique Cardoso, cujo vide era Marco Maciel, que tinha uma relação familiar com Brejo da Madre de Deus, ambos receberam mais de 7 mil votos, contra pouco mais de mil votos atribuídos a Lula. Aliás, esta eleição foi marcada por nomes de peso como Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, que diferença das eleições de hoje em dia. Para o Governo do Estado foi eleito Miguel Arraes (o que mostra a total falta de coerência política de nosso povo e que lá na frente vai causar grandes problemas para nosso estado). Apesar da vitória folgada, em primeiro turno de Arraes, em nosso município ela foi acirrada, e Gustavo Krause venceu, pois contava com o apoio do Grupo político liderado por Zé Inácio, o prefeito da época era Dr. Edson. Para o Senado foram eleitos Carlos Wilson e Roberto Freire. Para deputado Federal, o engenheiro e economista José Jorge obteve a maior votação em nossa cidade, com 2.247 votos e foi eleito. Em seguida ele se elegeu Senador da República e foi nomeado no Governo Fernando Henrique Cardoso Ministro de Minas e Energia. Teve trabalho destacado na redação da Lei que criou o Fundeb e na PEC que resultou a reforma do Poder Judiciário. Foi eleito pelo Senado para fazer parte do Tribunal de Contas da União, como Ministro em 2009, até se aposentar, aos 70 anos em 2014.
Nas eleições de 1998, Fernando Henrique novamente e Jarbas Vasconcelos massacraram os adversários e venceram com folga no primeiro turno. Para deputado federal, o grupo liderado por Zé Inácio apoiou José Mucio, que obteve 4.891 votos, já a oposição apresentava o jovem Eduardo Campos que obteve pouco mais de 1.500 votos. José Mucio é engenheiro e foi Ministro das Relações Institucionais do Governo Lula e em 2009 foi eleito pelo Senado para se tornar Ministro do Tribunal de Contas da União, cargo que ainda ocupa hoje.
Eduardo Campos, merece um artigo em especial, mas nessa primeira eleição em Brejo da Madre de Deus contou com uma votação bem pequena e a falta de apoio dos grupo de oposição local. Formado e economia, foi Ministro da Ciência e Tecnologia também do Governo Lula, onde se fortaleceu para se candidatar e vencer as eleições estaduais de 2006 e se tornar um dos maiores políticos da história contemporânea de Pernambuco.
Em 2002, primeira vitória de Lula para Presidente, no plano local o grupo de Zé Inácio voltou a apoiar Ricardo Fiúza, e o grupo amarelo, Pedro Correia, que já vinha sendo votado em Brejo da Madre de Deus em outras eleições. Pedro Correia enfrentou o escândalo do Mensalão pelo qual foi denunciado, condenado e preso. Atualmente responde processo pelo escândalo do Petrolão e se encontra preso no Paraná.       
Em 2006, reeleição de Lula e eleição de Eduardo Campos, o grupo amarelo apresentou Carlos Wilson, que obteve uma boa votação, mais de 7 mil votos, enquanto o grupo de Edson e Zé Inácio apresentou Bruno Araújo que disputava sua primeira eleição para deputado federal. E assim votaram em 2010 e 2014, ano em que obteve a maior votação individual para um deputado em Brejo da Madre de Deus, 7.304 votos. Enquanto o grupo amarelo apoiou Sérgio Guerra em 2010, que chegou a ser Presidente Nacional do PSDB. O hoje Ministro das Cidades, Bruno Araújo é advogado, antes de ser eleito deputado federal foi deputado estadual por duas vezes, assim como o pai, Eduardo Araújo. Sempre ocupou cargos de destaque dentro da Câmara Federal.
Esperamos que sua atuação seja tão proveitosa para nosso país e nosso Município, em particular, como foi a do nosso Senador Armando Monteiro, que foi votado em Brejo da Madre de Deus em 2010 e apontado por oposicionistas e governistas como um dos Ministros mais atuantes do Governo Dilma. Ministro do Desenvolvimento, Industria e Comercio Exterior, a ponto do ex-Ministro da Economia Delfim Netto dizer em entrevista a Globonews “Se Dilma tivesse mais Ministros como Armando Monteiro Neto não estaria em situação tão adversa”.
Torçamos para que Bruno seja tão eficiente no executivo como foi no legislativo aproveitando a oportunidade que lhe foi dada, que seja tão bom como foi Armando a frente de seu ministério e que o Brasil tenha mais Armandos e Brunos e menos Cunhas.
   Valdeci Ferreira Junior é professor das Faculdades Mauricio de Nassau, Professor das redes Municipal de Brejo da Madre de Deus e da rede Estadual de Ensino, Acadêmico do Curso de Direito da Unifavip e analista político. 

Novas tecnologias trazem desafios e riscos para a política

Por Alfredo Valadão

Novas tecnologias trazem desafios e riscos para a política
Bem-vindos ao novo mundo da política-internet. Correios eletrônicos, redes sociais, blogs e hackers estão dominando eleições, parlamentos, o trabalho dos Executivos e, às vezes, até ações judiciárias. A eleição presidencial americana é hoje o maior campo de provas desse poder da conectividade digital. O anúncio da abertura de um inquérito pelo FBI de mais outros – e desconhecidos – “e-mails” de Hillary Clinton é antes de tudo uma bomba midiática.
Clinton, por enquanto, não é acusada de nada. Mas o simples fato de anunciar a investigação já foi o bastante para criar uma explosão de comentários e tomada de posições na mídia, e uma enxurrada de sondagens de opinião, interferindo – e muito – na campanha eleitoral. Mas antes disso, os serviços de inteligência russos haviam pirateado as contas internet da campanha de Hillary, provocando uma avalanche de ataques e opiniões contra a candidata democrata.
Modernidade digital perigosa! A vulnerabilidade de Clinton vem da maneira como ela administrou os correios eletrônicos quando era Secretária de Estado. Donald Trump conquistou o partido republicano graças ao manejo intempestivo e permanente de factoides no Twitter e mentiras deslavadas que a imprensa e as redes sociais se achavam na obrigação de cobrir em manchete. Uma propaganda gratuita e permanente para o empresário populista que acabou também sendo vítima das redes quando se espalhou como um vírus uma velha conversa onde ele aparecia como um campeão do assédio sexual às mulheres.
Mas não é só nos Estados Unidos. As grandes mobilizações populares durante o impeachment de Dilma saíram diretamente das redes e não dos partidos políticos. Na Europa, o voto surpresa para tirar a Grã-Bretanha da União Europeia veio da utilização massiva das redes pelos partidários do “sim”. Todos os novos movimentos políticos “antissistema”, o Podemos na Espanha, o Cinco Estrelas na Itália ou os novos partidos da extrema direita xenófoba são filhos diretos das redes sociais.
Até o veto do Parlamento da Valônia ao tratado de livre-comércio Europa-Canada não poderia ter acontecido dessa maneira sem a circulação imediata dos argumentos e da mobilização de militantes graças às tecnologias da comunicação. Hoje, não há político que não tenha medo das redes e da capacidade de diversos grupos de pressão – atuais ou futuros – de manipular e desencadear enormes campanhas midiáticas.
Claro, essas explosões virais não duram muito e são deslocadas por outras, num sem fim de revelações ou ataques que ninguém mais sabe se são verdadeiros ou simples desinformação, mas que deixam os governantes e a opinião pública desnorteados e angustiados.
A mídia tradicional também é responsável por essa tirania da informação “online”. Morrendo de medo de ficar para trás, jornais, rádios, televisões – e até livros – correm atrás do mínimo boato lançado nas redes. E sem tempo para verificar – nem as fontes nem os conteúdos – vão logo publicando, comentando, tirando conclusões e alimentando boatarias que podem destruir instituições, governos e indivíduos que não têm a mínima possibilidade de se explicar ou se opor ao tsunami avassalador do YouTube, Twitter, Facebook e outros.
Redes sociais são instrumento extraordinário
As redes sociais são sem dúvida um instrumento extraordinário para apoderar o simples cidadão e promover maior participação e democracia. Só que hoje, governos, serviços de inteligência, relações públicas de grandes companhias, grupos terroristas, hackers profissionais – em suma, uma cambada de gente não necessariamente “do bem” – utilizam todos os macetes das novas tecnologias para manipular e desinformar os cidadãos.
A eleição americana mostra que nem a maior potência do planeta escapa desse mundo eletrônico sem fé nem lei. Um mundo onde a rede digital pode ser utilizada até para paralisar um país inteiro ou provocar uma guerra, cibernética – ou bem mais concreta. Hoje, ninguém sabe qual será o modelo político apropriado para essa nova era. O desafio é inventar formas modernas de representação e decisão políticas capazes de evitar a ditadura sem limites – e sem sentido – da informação “digital”. Ainda estamos longe disso...
Alfredo Valladão, professor do Instituto de Estudos Políticos de Paris, faz uma crônica de politica internacional às segundas-feiras para a RFI 


Entrelinhas XV



Pensamento do dia:
É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar.
É melhor tentar, ainda que em vão que sentar-se, fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder.
Prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver

Martin Luther King

Da luta de muitos construímos um futuro melhor

 Olá meus amigos de Brejo da Madre de Deus, vivemos as eleições sindicais na semana passada e posso dizer que foi com muito orgulho que acompanhei o processo. Primeiro porque fui o idealizador juntamente com grandes companheiros como Clistienes Belarmino, Márcio Aurélio. Drª Lúcia Marinho e Nildo Marinho, além de outros que muito nos ajudaram. Logo de cara disseram que seria um movimento político, que não duraria muito e que só teria um lado. Ora, é claro que era e é um movimento político. Mas não político-partidário e sim político sindical, ou seja, pelo bem da comunidade dos servidores públicos municipais. Marcamos história em nossa cidade falando de uma coisa que os governantes tem medo e pavor, direitos dos servidores. Foram muitas conquistas e aqueles que achavam que era um movimento partidário, tiveram que se curvar a nossa atuação. Ajudamos os servidores, ajuizamos ações no judiciário que deram tranquilidade para as pessoas trabalharem na Prefeitura, até uma Lei ajudamos a criar junto a Câmara Municipal, a Lei de Assédio Moral.
Tivemos nosso tempo, mas terminado nosso mandato, deixamos o barco seguir, pois acreditávamos que tínhamos cumprido nossa missão naquele momento que era criar o sindicato e cabia a outros seguirem a nossa trajetória de sucesso. É claro que não deixamos uma obra inacabada, havia e há muito a ser feito, e como filiados e colaboradores, estamos prontos para ajudar se assim formos convocados e houver necessidade. Mas compreendemos que não somos únicos e muito menos insubstituíveis, aliás, ninguém o é.
Mas essa eleição além de confirmar o sucesso e a importância do que construímos lá atrás, também foi especial pelos participantes. Três chapas, uma com Águeda Wilma que foi a pessoa que assumiu após nossa saída, Ronaldo Dias nosso companheiro lá atrás na época da associação dos professores, que ainda existe, com Luciene do SINPRO e Raniela uma ex-aluna nossa que vem se destacando pelos seus posicionamentos. Pessoas que com certeza vão colaborar muito com o Sindibrejo.
Quando pensamos no sindicalismo pensamos que todos, passadas as eleições devem pensar no melhor para os servidores, pois da união dos pensamentos teremos mais força para construir um sindicalismo que verdadeiramente represente a categoria dos servidores públicos municipais. Quando há um objetivo, uma causa, não importa quem é o vencedor, no processo eleitoral do Sindibrejo todos vencem pois o fato de termos eleição, de termos liberdade de escolher nosso representante, de termos pessoas que se apresentaram para dirigir esta instituição e de tanta qualidade como as que compuseram as três chapas que se apresentaram, só mostra a importância que o Sindibrejo tem hoje para o Município.
Ninguém atira pedras em árvore que não dão frutos, só quem faz recebe críticas, poderia dizer ainda que quem nada faz, nada tem para se falar. Tudo isso é verdade, assim como é verdade que tudo que foi feito, está feito. Partamos agora para fazer o que ainda não foi feito. Todos tem algo para mostrar e se orgulhar, o meu é o Sindibrejo que a cada dia cresce mais. Desta vez, venceu Wilma, amanhã teremos outros disputando e novos vencedores, mas hoje vencemos todos nós.

 Valdeci Ferreira Junior é professor das Faculdades Mauricio de Nassau, Professor das redes Municipal de Brejo da Madre de Deus e da rede Estadual de Ensino, Acadêmico do Curso de Direito da Unifavip e analista político. 

Entrelinhas XIV



Pensamento do dia: Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.

Fernando Pessoa
O Sonho era doce e se acabou

 Olá meus amigos de Brejo da Madre de Deus, estamos assistindo a instalação do novo governo provisório com muita preocupação principalmente quanto a suas medidas na área social. Não faz muito tempo tínhamos orgulho de nosso país que estava crescendo e sendo reconhecido mundialmente, com avanços sociais, se colocando como liderança mundial e potência econômica. O que deu errado?
Bom, esperar e afirmar que os Governos de Lula e principalmente Dilma foram marcados apenas por ações e projetos bons é ser muito ingênuo ou faltar com a verdade, pois eu sempre acreditei que todo Governo tem algo de bom para mostrar, assim como tem algo de ruim, claro, senão não seria Governo de homens... e mulheres.  O problema é quando um Governo tem mais coisas ruins do que boas para mostrar.
Mas o problema começou ainda na campanha de 2014, quando em plena disputa eleitoral adotou-se um vale tudo entre os candidatos e o acirramento político ficou maior, partindo para um selvageria nunca vista em nenhum campanha anteriormente. Dilma venceu, mas os perdedores não se convenceram do resultado e começaram a travar uma nova batalha para tirar Dilma do poder.
Juntaram-se a estes muitos dos investigados da operação lava-jato que ocorreu no Governo de Dilma, mas beneficiou todas as cores partidárias. O plano encontrou em Eduardo Cunha uma peça chave para colocar o plano em prática. E assim foi feito, Dilma saiu do cargo não porque foi denunciada na operação lava-jato, porque cometeu algum ilícito, nada disso, ela saiu porque não teve habilidade política para enfrentar pessoas como as que estavam na oposição fazendo de tudo para tira-la. Como bem disse o senador e ex-presidente Collor, também impedido, Dilma foi avisada várias vezes o que estava acontecendo, mas não deu ouvidos.
Hoje Dilma se esforça para voltar ao cargo enquanto o novo governo de Temer procura se estabelecer. Ainda teremos muitas dificuldades pela frente e muita coisa ainda está por acontecer, mas muitas das coisas que estão acontecendo me preocupam e devem preocupar aqueles que, longe do calor da emoção político-partidária, começam a pensar num amanhã. E esse amanhã parece cada vez mais incerto e cheio de dificuldades e aquele sonho que todos tínhamos de ver as desigualdades diminuírem, os direitos e garantias dos trabalhadores aumentarem, da vida melhorar, das empregadas domésticas terem direitos e dignidade, dos filhos dos humildes frequentar uma faculdade, de ter a casa própria, de ver um país melhor começam a se desfazer. Esperemos que as coisas melhorem, mas não de forma ingênua, e sim de forma lucida e consciente, acreditando que só a política pode melhorar as coisas. É votando que podemos transformar esse país. Aquele que diz “não voto em mais nenhum desses” é um tolo que está dando ao outro a chance de governa-lo. Devemos querer que pessoas boas participem da política, para melhorá-la. Devemos querer votar, pois se alguém não está agradando, votemos em outro. Somente assim mudamos de verdade as coisas. E para terminar nos lembremos do que diz o historiador Leandro Karnal que diz “não existe Governo corrupto com população honesta”. Quer mudar o país, comece a mudança por você.  

 Valdeci Ferreira Junior é professor das Faculdades Mauricio de Nassau, Professor das redes Municipal de Brejo da Madre de Deus e da rede Estadual de Ensino, Acadêmico do Curso de Direito da Unifavip e analista político. 

Entrelinhas XIII

Pensamento do dia: O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.


Perdemos todos nós
 Olá meus amigos de Brejo da Madre de Deus, para surreal, mas desde o inicio de maio o Brasil vive sob nova direção. Saiu aquela que foi eleita por quase 55 milhões de votos, sob a qual não há nenhuma investigação. Mas o título deste artigo é “Todos Perdemos”. E por que digo que todos perdemos? Primeiro porque se a Presidente cometeu algo tão grave que mereça a maior de todas as punições previstas em nossa Constituição, é muito grave, pois tenho a mais absoluta certeza que ninguém em sã consciência votou em Dilma para que ela cometesse tal arbitrariedade. Então, confirmado o impedimento, perdemos porque a elegemos. Mas se do que o acusam não se comprovar, é pior ainda, pois teremos cometido um erro gravíssimo, e aí perdemos também aplicando uma pena severa demais a alguém que seria inocente.
Portanto essa decisão tão grave tem de ser muito bem pensada, medida e avaliada, não deveria ter sido tomada no calor da emoção, mas o problema é que foi assim que aconteceu. Não pensaram no Brasil, no povo, no melhor para o país e fomos jogados numa crise moral, política e econômica que não tem fim. Fomos obrigados a ver uma serie de senhores e senhoras “pregando o que não fazem e fazendo o que não dizem”. O Brasil conheceu e temeu a bancada do BBB, deputados que representam a bancada da bala, do boi e da Bíblia. Pessoas capazes de tudo para obter poder, fazer negociatas para se promoverem e tirar vantagem de tudo, trazendo de volta o conservadorismo, a crítica ao direito das minorias, a intolerância, o ódio, a raiva e o preconceito. Oportunistas, defendiam o Governo Dilma em um dia e no outro foram anunciados no Ministério de Temer.
O novo governo começou com 7 investigados pela Lava jato, nenhuma mulher, um pastor, nenhum negro, a extinção do Ministério da Cultura, um investigado pelo desvio de merenda e o escândalo do metrô, e muitas coisas a explicar ao país e a imprensa internacional que afirma não entender o Brasil, somos difíceis demais de ser entendidos.  A OAB já se manifestou e disse que se Lula teve a nomeação suspensa pelo STF, que estes agora sofram a mesma punição. A Justiça não pode ter dois pesos e duas medidas.
O Brasil agora volta a uma política econômica de 13 anos atrás que já foi reprovada, que não funcionou, devido aos sua elevada carga tributária e política de juros altos, onde o pais viveu uma recessão muito grave, fechamento de postos de trabalho, elevação do dólar e redução do poder de compra das famílias assalariadas, só que agora está política econômica volta defasada por este período de tempo. Não que o que estava aí estava bom, muito pelo contrário, mas estamos voltando para algo pior ainda. Não há uma inovação no pensamento econômico do país, ou você reduz impostos de determinados setores da economia para incentivar o consumo interno, ou eleva impostos e juros para conter a inflação, em ambos os casos o mais pobre sai perdendo.

Os dias que se avizinham são incertos e de dificuldades, as primeiras medidas do novo governo são na linha de aumentar impostos, revisar programas sociais, cortar investimentos sociais, congelamento das verbas para a saúde e educação, aumento de impostos, não descartando a recriação da CPMF, coisa que até 30 dias atrás era impensado pelo grupo que agora assume, mudança na idade mínima de aposentadoria, corte dos incentivos dados pelo governo para a manutenção dos empregos, corte de cargos do Governo Federal e redução de ministérios.
Ainda veremos novos capítulos dessa novela e queremos saber as respostas as seguintes perguntas: Cunha volta? Lula será preso como querem setores da elite nacional? Por que pararam de falar na Lava Jato, acabaram os corruptos do país? Qual será o futuro de Dilma? Nesta confusão toda não podemos esquecer que o processo agora é que começou. E ele será discutido amplamente, com novas personagens sendo chamadas para falar nas comissões que serão criadas, novas defesas serão apresentadas, assim como acusação voltará a toma, e nunca nos esqueçamos que bastam 2 votos, bastam 2 senadores mudarem seus votos para que Dilma reassuma. Vamos acompanhar os novos acontecimentos previstos nas entrelinhas.      

 Valdeci Ferreira Junior é professor das Faculdades Mauricio de Nassau, Professor das redes Municipal de Brejo da Madre de Deus e da rede Estadual de Ensino, Acadêmico do Curso de Direito da Unifavip e analista político. 

Eleitores de Trump vão descobrir que foram ludibriados

Por Alfredo Valadão

Eleitores de Trump vão descobrir que foram ludibriados
As sondagens não estavam tão erradas. Nos últimos dias, todos os institutos anunciavam um resultado muito apertado. Hillary venceu no voto nacional – por pouco. Só não levou porque Donald Trump ganhou três Estados chaves na velha “cintura da ferrugem” americana, por margens estreitíssimas – correspondendo 0,1% dos votantes. Mas são essas as regras do jogo. O bilionário demagogo é hoje o presidente-eleito da maior potência mundial. Só que não será fácil governar, mesmo com maioria republicana no Congresso.
O país está profundamente dividido. Por um lado, as grandes cidades, sobretudo nas costas Este e Oeste, cada vez mais prósperas, na ponta da modernidade tecnológica, e um modo de vida cosmopolita dinamizado pela mistura de minorias étnicas. Por outro, os “grotões” das regiões centrais, cada vez mais pobres, com suas indústrias em crise, seus pequenos agricultores ultrapassados e suas populações brancas e desesperadas. As primeiras votaram Clinton, as segundas Trump.
Essa fratura, não é de hoje. Os Estados Unidos estão na dianteira de uma nova revolução socioeconômica tão profunda quanto a revolução industrial do começo do século XX. O velho modelo industrial da produção de massa para o consumo de massa, que criou a classe média americana e depois se espalhou pelo mundo inteiro, está cada dia mais enferrujado.
Outra realidade desponta: a produção em rede, conectada, informatizada e automatizada, baseada nos serviços embutidos nos produtos. Uma produção customizada para um consumo customizado. As antigas fábricas e suas tradicionais cadeias de montagem, nacionais ou transnacionais, estão se esvaindo pouco a pouco. Não há volta atrás. Os operários e empregados brancos de meia idade, ou próximos da aposentadoria, não vão recuperar seus empregos e o seu estilo de vida.
Aumentar o poderio econômico dos Estados Unidos
Ninguém sabe direito o que Trump vai fazer. Ele já começou a abrandar as suas promessas eleitorais. Como se tivesse descobrindo que um presidente americano não é tão poderoso assim. A palavra presidencial é um grande trunfo, mas governar significa negociar permanentemente com o Congresso e as múltiplas instituições americanas, que sempre complicam a ação do Executivo.
O espaço de manobra na política externa é maior. Mas Trump, até hoje, só mostrou que não tem a mínima ideia clara sobre esse assunto. Tudo vai depender do time que será nomeado. No campo econômico, a campanha se resumiu em promessas demagógicas difíceis de serem aceitas, inclusive por partes importantes do senadores e representantes republicanos.
Mas é possível perceber uma tonalidade geral. O novo presidente, cuja a única experiência é ser homem de negócios, quer aumentar ainda mais o poderio econômico dos Estados Unidos com ideias simples. A primeira é renovar a infraestrutura do país – que está bem precisando - com pesados investimentos estatais. A vantagem é criar rapidamente postos de trabalho pouco qualificados para a base do seu eleitorado. A segunda, é uma atitude protecionista contra as importações para incentivar as multinacionais americanas a produzirem no país. A terceira é aumentar a taxa de juros e abaixar radicalmente os impostos para as empresas para que elas repatriem os US$ 2,5 trilhões estacionados no exterior e apostem suas fichas na economia americana. Um verdadeiro aspirador de dinheiro que não vai deixar de fazer falta no resto do mundo.
Enterrar o velho modelo industrial
O paradoxo desta estratégia de “Primeiro a América” é que isto vai fortalecer ainda mais a transição para o novo modelo econômico de alta tecnologia. Para ser competitiva, qualquer multinacional industrial que volte para os Estados Unidos vai ter que escolher um modelo de produção altamente automatizado e informatizado, enterrando ainda mais o velho modelo industrial dos sonhos dos eleitores de Trump. Esses vão acabar descobrindo que foram ludibriados pelo magnata. Mas vai ser tarde.
Quanto à Europa e os países emergentes, eles vão ter que amargar uma queda dos investimentos, juros mais altos, e um mercado de consumo americano cada vez mais fechado. Com Donald Trump o jogo econômico global vai ser muito mais pesado.

Alfredo Valladão, professor do Instituto de Estudos Políticos de Paris, faz uma crônica de politica internacional às segundas-feiras para a RFI

domingo, 13 de novembro de 2016

Entrelinhas XII

Pensamento do dia: A cultura forma sábios; a educação, homens.
Louis Bonauld
Onde está a educação?
 Olá meus amigos de Brejo da Madre de Deus, pela minha família, pelos meus amigos, pelos companheiros que nos leem, peça gramática que foi violentada no domingo da votação, pelo colega que não fica um dia sem ler o blog do Marcelo Santa Cruz, pelo agreste pernambucano e por minha cidade, Brejo da Madre de Deus. Sim, eu voltei. E depois de uns dias envolvidos em congressos, aulas, simpósios, colóquios, pude tirar um tempinho para falar sobre os últimos acontecimentos. Como já prevíamos, tivemos uma semana movimentada que acabou com os argumentos do Governo, que não foram suficientes para convencer os aliados a votarem contra o impedimento. Mas o que nos chamou a atenção foram os discursos dos deputados, vazios, patéticos, medíocres, cometendo os mais absurdos erros gramaticais, sem educação alguma e totalmente fora do que estava se discutindo ali. A revista Britânica The Economist, fez um levantamento dos argumentos dos deputados ao votarem. Nos votos, a maioria dos parlamentares favoráveis ao afastamento da petista não fizeram nenhum comentário ou posicionamento sobre as pedaladas fiscais - manobras contábeis que embasam o pedido de impeachment - e utilizaram como justificativa seus próprios familiares, "deus", "cristianismo", o fim da corrupção, dentre outros motivos que surpreenderam até jornais internacionais. O nível do debate foi deprimente. Como o ex-Ministro do STF, Joaquim Barbosa disse sobre o comportamento dos deputados, “É de chorar de vergonha, simplesmente patético!”.  E ele continua, “Anotem: teremos outras razões para sentir vergonha de nós mesmos em toda essa história". O que era aquele grupo perto do microfone? Onde estava a concordância, plural foi feito para se usar, parecia uma reunião de iletrados, não deputados que recebem dezenas de milhares de reais. Alguns carregavam um livro (parecia uma Bíblia), mas eu acho que era apenas para servir de apoio, porque ler, ele (a) com certeza não lia, se lessem, não abririam a boca para falar tanta besteira. Em um artigo escrito pelo Senador pernambucano, Cristóvão Buarque, ele diz que a votação foi um exemplo do momento democrático que estamos vivendo, onde o acesso a todos os setores que antes eram restritos a uma meia dúzia de privilegiados, porém, segue o senador, esta democratização é sem educação sem cultura alguma. Segundo ele deixamos de educar, e isso se verifica nas universidades, nas grandes empresas, nos mais altos postos do país, e refletido em nosso Congresso Nacional, nivelado por baixo. Pois não é só dinheiro que transforma a educação de uma pessoa, a educação é a base de tudo. Segundo o juiz Márlon Reis, um dos militantes idealizadores da lei da ficha limpa e que combate a corrupção, temos o pior Congresso da história da República.  Na segunda-feira, 18 de abril, o jornal americano Los Angeles Times divulgou um levantamento feito pela ONG Transparência Brasil sobre os políticos que estavam incumbidos de analisar o pedido de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff. Dos 513 deputados, 303 são investigados por algum crime, desses 224 já respondem a 542 inquéritos, um é procurado pela Interpol (Paulo Maluf, este vale um capítulo à parte), o PMDB é o partido que tem o maior número de investigados, 54 dos seus parlamentares devem a justiça, o PSDB vem em seguida. Em número de políticos cassados, o DEM é o primeiro, seguido pelo PMDB e PSDB, não à toa estes partidos lideraram o processo de impedimento contra Dilma (veja lista completa de políticos cassados abaixo). O próprio processo de impedimento de Dilma Rousseff foi comandado por um senhor que é investigado desde 1992, por desvios na Suderj, no Rio de Janeiro, mas consegue se esquivar até hoje - e alguém duvida que depois de tudo que ele fez, não escape novamente? O relator do processo, Jovair Arantes, foi condenado esta semana por crime eleitoral. E no Senado a coisa não é diferente, dos 81 Senadores, 49 são investigados por alguma coisa, destaque para Renan Calheiros que já chegou a renunciar um mandato de Senador para não ser cassado, e voltou nos braços do povo alagoano, seu filho é governador de lá. É a Renana que cabe, agora, a continuidade do processo. Tivemos cusparadas, empurrões, vaias, um empurra, empurra, palavrões, o uso do nome de Deus em vão, até o absurdo de um maluco que votou em homenagem a ditadura e ao Carlos Alberto Brilhante Ustra, um monstro capaz das maiores atrocidades e que ficou conhecido na história como o maior torturador de todos os tempos. E para coroar toda esta ridícula e circense apresentação anticívica, a deputada Raquel Muniz, de Minas Gerais que disse votar contra a corrupção e pelo marido, seu maior exemplo, votando sim, no dia seguinte teve o marido preso por... CORRUPÇÃO, desvio de dinheiro da saúde. Mas estes senhores e senhoras são nossos representantes, são nossa cara, símbolos de uma nação que não valoriza a cultura, a educação e a história. De um país cujo maior expressão cultural hoje é Wesley SAFADÃO, que se reúne em torno da tv na hora do almoço para assistir programas policiais, ou no horário nobre e ver programas como Ratinho, ou novelas que atentam a moralidade, junto com seus filhos e filhas. É neste país ignorante que elege os Cunha, Maluf, Collor, Bolsonaro, Tiriricas, Renan, entre outros parlamentares que, mesmo respondendo processos, são votados pelo povo. E nisso tudo, votaram pelo afastamento de uma Presidente, sob a qual não pesa nenhuma acusação e segundo seus próprios adversários, honesta. Mas, Dilma não está caindo porque se portou igual a seus julgadores, não. Ela cai porque não teve habilidade política para negociar com este Congresso. Agora o processo segue para o Senado, e o Governo já não vê como reverte-lo. Vamos torcer para as coisas se resolvam logo, e que o Brasil volte a sua normalidade. Nisso tudo fica a lição do grande Immanuel Kant, “O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”.
Por aqui na nossa terrinha, terminou o prazo para as filiações visando as eleições de outubro, e foi um show de erros. Teve pré-candidato se filiando em um partido, mas esquecendo de se desfiliar do outro, cometendo dupla filiação, teve filiação em partido sem comissão formada (quem assinou a ficha?), teve até pré-candidato que se filiou depois do prazo, teve partido que não submeteu a lista ao TRE, teve outro que esqueceu a senha para acessar o sistema, e muitos que não fizeram as exigências cartoriais e junto à Receita Federal, uma zorra total, coisa típica de quem não se planeja. Das três cidades em que presto consultoria, mais Brejo da Madre de Deus, digo a vocês, nossa cidade foi a que teve mais problemas. Fato este que não incomodou os partidos ligados ao Prefeito Dr. Edson, tudo tranquilo e favorável. Cujas filiações ocorreram desde cedo, sem traumas. Os partidos estão prontos e em breve digo aqui quais são governistas e quais oposicionistas. Agora é esperar a hora certa para colocar o time em campo e partir, se Deus quiser, para mais uma vitória. Para aqueles que tem problemas, alguns podemos encontrar a solução, basta nos procurar, mas para outros, vão precisar de muito sabão para tornar a ficha limpa. E tem muito peixe pequeno por aí, como nosso amigo Zé de Nonda, doido para denunciar os fichas sujas. Mas isso tudo, amigos, não ocorre por acaso, tudo isso é fruto de uma educação, de uma cultura, de anos de estudo, dedicação e boas ações. Aqueles que andam na linha, colhem bons frutos, aqueles que insistem em fazer coisas erradas, vivem fugindo da justiça, mas igual ao antigo jogo do Pac Man, um dia eles são encontrados e aí é o fim da linha. Por isso, procure educar seu filho, este é o único bem que você deixará para ele e será eterno, porém, como disse o mestre Aristóteles, “A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces”. O mais fácil, nem sempre é o mais correto.
(Confira a lista completa de políticos cassados por corrupção)
 Valdeci Ferreira Junior é professor das Faculdades Mauricio de Nassau, Professor das redes Municipal de Brejo da Madre de Deus e da rede Estadual de Ensino, Acadêmico do Curso de Direito da Unifavip e analista político. 


Napoleão Bonaparte, o estrategista

Uma forma que você tem para aprender sobre estratégia é estudar os métodos deles ao longo dos anos, é claro que as situações nuca se repetirão e as situações serão muito diferentes, e claro, eles também erraram. Mas o que fica para a história são suas lições e  isso é importante estudar.
Vamos falar sobre um dos maiores estrategistas militares de todo os tempos, Napoleão Bonaparte.

Há 201 anos, em 18 de junho de 1815, acabava o império de um dos principais estrategistas militares da história, o francês Napoleão Bonaparte (1769-1821).  Em seu auge, o império napoleônico ocupou boa parte da Europa, acumulando quase um terço da população do continente.
A queda de Napoleão aconteceu na Bélgica, no episódio conhecido como Batalha de Waterloo. Depois de retomar o poder por mais de três meses, no período chamado de Governo dos Cem Dias, Waterloo marcou o fim da carreira política de Napoleão.
Veja algumas curiosidades sobre Napoleão:

1) Casar de branco

Para o evento de sua coroação, em 1804Napoleão mandou confeccionar trajes brancos seguindo o modelo de sua esposa Josefina. Durante a cerimônia, o papa Pio 6º também oficializou o casamento deles. Antes de Napoleão e Josefina, as pessoas se casavam com trajes de qualquer cor. Depois do casal, a opção do branco começou a se popularizar.
Outra relação entre Napoleão e a moda é a lenda de que os botões presentes nas mangas de paletós e casacos foram ideia dele. O imperador gostava que suas tropas estivessem alinhadas e bem vestidas -- ele não gostava que os soldados limpassem o nariz e a boca nas mangas da farda. Por isso, ordenou que oito botões de metal fossem colocados no local, a fim de evitar tal atitude. Com menos botões, o design dos trajes permanece até hoje. 
Reuters

2) Arco do Triunfo: monumento às vitórias das tropas napoleônicas

O Arco do Triunfo, em Paris, é parada turística obrigatória para quem vai para a França. Mas nem todo mundo sabe que os desenhos do monumento fazem referência a batalhas travadas pelas tropas napoleônicas.
Ele foi construído em 1805, quando o exército francês fazia uma campanha militar para lá de bem sucedida. Naquele ano, o império conseguiu uma de suas principais vitórias na Batalha de Austerlitz, numa região que corresponde à atual República Tcheca. Nesse confronto, o exército francês venceu as tropas austro-russas, apesar de ter menor número de soldados que o inimigo. Os historiadores consideram a batalha uma obra-prima tática de Napoleão, o que evidenciou sua genialidade como estrategista militar.
O monumento contém gravados os nomes de 128 batalhas e 56 generais. Apesar de ter planejado a homenagem, Napoleão nunca chegou a ver o Arco do Triunfo pronto. A obra só ficou pronta em 1836, 15 anos após a morte do imperador e 21 anos após a derrota em Waterloo. 
Wikimedia Commons

3) O imperador sem pênis

Napoleão morreu em 1821, na Ilha de Santa Helena. No entanto, o corpo não foi sepultado com todos os órgãos. O pênis do imperador teria sido amputado horas depois de sua morte. A principal hipótese para explicar esse fato é que a amputação tenha sido feita durante a autópsia, pelo médico francês Francesco Antommarchi.
A relação de Antommarchi com Napoleão era pouco amistosa. Enviado para cuidar do câncer de estômago do imperador, o anatomista pouco entendia do assunto. O fato irritou Bonaparte, que o recebia com insultos e cusparadas. A amputação teria sido uma vingança do médico.
Mais de um século depois, a relíquia reapareceu nos Estados Unidos, guardada pelo urologista John Lattimer. Segundo a Time, Lattimer permaneceu com o órgão até sua morte em 2007. A filha que herdou a relíquia deseja leiloá-la. O preço inicial é 100 mil dólares (cerca de R$ 310 mil).
France Presse- AFP

4) Chapéu leiloado por R$ 6,5 milhões

Em 2014, um chapéu de duas pontas, usado por Napoleão, foi leiloado por 1,89 milhão de euros – cerca de R$ 6,5 milhões. Dos 120 chapéus que o imperador usou durante seu governo, 19 foram encontrados. Boa parte deles está em coleções de franceses.
Wikimedia Commons

5) Solução do enigma dos hieróglifos

Napoleão teve um papel essencial para decifrar os hieróglifos egípcios, um dos mais antigos sistemas de escrita do mundo. Durante a invasão do Egito, em 1798, Napoleão levou um grupo de estudiosos, que deveria trazer à França todos os patrimônios de interesse cultural ou artístico.
Um dos soldados de Napoleão encontrou uma pedra de granito, que continha inscrições em três tipos de escrita: grego, hieróglifo egípcio e demótico. Mesmo com diferentes caligrafias, o texto inscrito na Pedra de Roseta, como ficou conhecida, continha o mesmo significado. Foi, portanto, essencial para resolver o enigma dos hieróglifos.
Wikimedia Commons

6) Anticristo?

A rainha portuguesa Maria 1ª, apelidada de Maria, a Louca, acreditava que Napoleão seria o "anticristo". Portugal era um dos alvos do imperador, pois o país era aliado e tinha fortes laços comerciais com a Inglaterra. Napoleão havia proibido o comércio com os ingleses, no ato que ficou conhecido como Bloqueio Continental-- e por causa dele, a família real portuguesa fugiu para o Brasil em 1808.



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