Pensamento do dia: “É durante as fases de maior adversidade que
surgem as grandes oportunidades de se fazer o bem a si mesmo e aos outros”.
Dalai Lama
Brejo da Madre de Deus, cidade
pé quente
Olá meus amigos de Brejo da Madre
de Deus, e o novo Ministério do Presidente em Exercício Michel Temer coloca 4 deputados
federais Pernambucanos na Esplanada dos Ministérios. E o mais importante nisso,
um que é votado em Brejo da Madre de Deus já há alguns anos e que tem uma
relação com nosso município bastante marcante, Bruno Araújo. Isso nos faz
lembrar dos outros deputados federais que receberam expressiva votação em nossa
cidade, apoiados por um dos grupos políticos e depois se destacaram no cenário
Nacional. Afinal, como dizia William Shakespeare, “Aprendi que as oportunidades
nunca são perdidas, alguém vai aproveitar as que você perdeu”.
Como não lembro de todas as eleições, vou citar apenas as que eu
presenciei, começando pela eleição de 1990, que elegeu para Governador do
Estado Joaquim Francisco e Marco Maciel para o Senado da República. Naquela
época as eleições não eram gerais, e o Brasil já tinha elegido Fernando Collor
de Melo Presidente da República no ano anterior. Para deputados uma das alas políticas da
cidade, liderada por Zé Inácio apoiou Ricardo Fiúza, que era advogado, nascido
em Fortaleza – CE, conhecido como grande legislador, teve oito mandatos de
deputado federal, e conhecido por seu trabalho no aperfeiçoamento do Código
Civil de 2002 do qual foi o seu relator, além de outras normas onde acrescentou
importantes contribuições. Fiúza, após eleito deputado federal por Pernambuco,
obtendo em Brejo da Madre de Deus 2.586 votos nessa eleição de 1990 que
disputou pelo antigo PFL, assumiu o Ministério da Ação Social de janeiro a
setembro de 1992 e em seguida assumiu o Ministério da Casa Civil, durante o
Governo de Fernando Collor de Melo, que acabou sendo impedido, mas renunciou
antes da conclusão do processo, em 29 de dezembro de 1992. Fiúza morreu em 12
de dezembro de 2005, em Recife, vítima de um câncer.
AS eleições de 1994 foram as primeiras eleições gerais nos moldes que
temos hoje. Para Presidente fora eleito Fernando Henrique Cardoso, cujo vide
era Marco Maciel, que tinha uma relação familiar com Brejo da Madre de Deus,
ambos receberam mais de 7 mil votos, contra pouco mais de mil votos atribuídos
a Lula. Aliás, esta eleição foi marcada por nomes de peso como Leonel Brizola e
Darcy Ribeiro, que diferença das eleições de hoje em dia. Para o Governo do
Estado foi eleito Miguel Arraes (o que mostra a total falta de coerência
política de nosso povo e que lá na frente vai causar grandes problemas para
nosso estado). Apesar da vitória folgada, em primeiro turno de Arraes, em nosso
município ela foi acirrada, e Gustavo Krause venceu, pois contava com o apoio
do Grupo político liderado por Zé Inácio, o prefeito da época era Dr. Edson.
Para o Senado foram eleitos Carlos Wilson e Roberto Freire. Para deputado Federal,
o engenheiro e economista José Jorge obteve a maior votação em nossa cidade,
com 2.247 votos e foi eleito. Em seguida ele se elegeu Senador da República e
foi nomeado no Governo Fernando Henrique Cardoso Ministro de Minas e Energia.
Teve trabalho destacado na redação da Lei que criou o Fundeb e na PEC que
resultou a reforma do Poder Judiciário. Foi eleito pelo Senado para fazer parte
do Tribunal de Contas da União, como Ministro em 2009, até se aposentar, aos 70
anos em 2014.
Nas eleições de 1998, Fernando Henrique novamente e Jarbas Vasconcelos
massacraram os adversários e venceram com folga no primeiro turno. Para
deputado federal, o grupo liderado por Zé Inácio apoiou José Mucio, que obteve
4.891 votos, já a oposição apresentava o jovem Eduardo Campos que obteve pouco
mais de 1.500 votos. José Mucio é engenheiro e foi Ministro das Relações
Institucionais do Governo Lula e em 2009 foi eleito pelo Senado para se tornar
Ministro do Tribunal de Contas da União, cargo que ainda ocupa hoje.
Eduardo Campos, merece um artigo em especial, mas nessa primeira eleição
em Brejo da Madre de Deus contou com uma votação bem pequena e a falta de apoio
dos grupo de oposição local. Formado e economia, foi Ministro da Ciência e
Tecnologia também do Governo Lula, onde se fortaleceu para se candidatar e
vencer as eleições estaduais de 2006 e se tornar um dos maiores políticos da
história contemporânea de Pernambuco.
Em 2002, primeira vitória de Lula para Presidente, no plano local o
grupo de Zé Inácio voltou a apoiar Ricardo Fiúza, e o grupo amarelo, Pedro
Correia, que já vinha sendo votado em Brejo da Madre de Deus em outras
eleições. Pedro Correia enfrentou o escândalo do Mensalão pelo qual foi
denunciado, condenado e preso. Atualmente responde processo pelo escândalo do
Petrolão e se encontra preso no Paraná.
Em 2006, reeleição de Lula e eleição de Eduardo Campos, o grupo amarelo
apresentou Carlos Wilson, que obteve uma boa votação, mais de 7 mil votos,
enquanto o grupo de Edson e Zé Inácio apresentou Bruno Araújo que disputava sua
primeira eleição para deputado federal. E assim votaram em 2010 e 2014, ano em
que obteve a maior votação individual para um deputado em Brejo da Madre de
Deus, 7.304 votos. Enquanto o grupo amarelo apoiou Sérgio Guerra em 2010, que
chegou a ser Presidente Nacional do PSDB. O hoje Ministro das Cidades, Bruno
Araújo é advogado, antes de ser eleito deputado federal foi deputado estadual
por duas vezes, assim como o pai, Eduardo Araújo. Sempre ocupou cargos de
destaque dentro da Câmara Federal.
Esperamos que sua atuação seja tão proveitosa para nosso país e nosso
Município, em particular, como foi a do nosso Senador Armando Monteiro, que foi
votado em Brejo da Madre de Deus em 2010 e apontado por oposicionistas e
governistas como um dos Ministros mais atuantes do Governo Dilma. Ministro do
Desenvolvimento, Industria e Comercio Exterior, a ponto do ex-Ministro da
Economia Delfim Netto dizer em entrevista a Globonews “Se Dilma tivesse mais
Ministros como Armando Monteiro Neto não estaria em situação tão adversa”.
Torçamos para que Bruno seja tão eficiente no executivo como foi no
legislativo aproveitando a oportunidade que lhe foi dada, que seja tão bom como
foi Armando a frente de seu ministério e que o Brasil tenha mais Armandos e
Brunos e menos Cunhas.
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